POLESEL, POLLESEL, POLEZEL, POLIZEL, POLEZER, POLEZELLI, POLESELLO


POLESEL, POLLESEL, POLEZEL, POLIZEL, POLEZER, POLIZELLI, POLESELLO

As diferentes formas de grafia do nosso sobrenome estão presentes desde os primeiros registros religiosos e civis de nossos antepassados.

A escrita POLESEL é a mais antiga e aparece desde o século XVI na certidão de batismo de Marco, que nasceu em 1595 e na de seus descendentes : Mattio (1633 -1698), Giuseppe (1674), Ângelo (1709 – 1782) e Andréa (1734 – 1820).

Com Giácomo , filho de Andréa, aparece pela primeira vez a forma POLLESEL, que passa aos seus descendentes: Giuseppe (1793), Pietro (1831) e Fortunato (1870 – 1930).

Com um único exemplo é possível mostrar a confusão que a Igreja e depois os cartórios de registro civil, faziam (e fazem!), com relação á grafia do nosso sobrenome:
Gio Batta nasceu em 1775 e é batizada como POLESELLO, mas seu avo Angelo (1709) é POLESEL, seu filho Sebastiano (1739) é POLESEL e seu neto VINCENZO (1827) é POLLESEL.
Fica evidente neste exemplo que a falta de consenso sobre a foram correta de escrita remonta ás mais distantes origens e perdura até hoje. Podemos ir além e afirmar que nunca existiu uma forma única do nosso sobrenome, que pudesse ser tomada como referencia.

No Brasil, com os descendentes de Fortunato e Regina, aconteceu uma verdadeira “babel” de variações de grafia. Vejamos:
Catarina (Catineta) foi registrada como POLIZZEL; foi batizada como POLIGER e no casamento e óbito consta POLEZEL.
Benedita Bárbara ( Dita) foi registrada como POLEZEL e batizada como POLIZEL.
Romão Domingos foi registrado como POLESEL; batizado como POLESELLI e no óbito consta POLISELLI.
Jose (Bepin) foi registrado como POLESEL; batizado como PELIFEL;no casamento civil é POLESEL e no religioso POLIZER; no óbito é POLISEL.
Victorio foi registrado como POLESEL, batizado como PELIZER e no óbito, POLISEL.
Romão ( Romano) foi registrado como POLISEL e batizado como POLLESEL.
JORGE
IRINEU foi registrado como POLESEL e no casamento consta POLEZEL.
NELLO, na certidão de óbito consta POLEZELLI.

É curioso notar que verificando as várias assinaturas de Fortunato, colhidas em situações e épocas diferentes, em nenhuma ele escreve POLLESEL e sim POLEZEL. O mesmo acontece com Giovanni (joanin) e Elisabetta (Elisa).
Este fato aconteceu por que a pronúncia, independente da escrita, é idêntica e a escrita com a letra “Z” e um único “L” é mais próxima da realidade brasileira e da língua portuguesa.

Nossos “primos” que estão em outros países (Argentina, Venezuela, EUA, Canadá, França, Suissa e Austrália) mantiveram as grafias POLLESEL e POLESEL. Também na Itália permanecem somente estas duas formas.

Em 1997, para me adaptar ás exigências italianas para reconhecimento de cidadania, pedi a retificação do meu sobrenome de POLEZEL para POLLESEL. Meus filhos foram registrados com a versão corrigida.
Outros primos pediram a correção pelos mesmos motivos.
Assim, 100 anos após a chegada de nossa família ao Brasil a grafia POLLESEL volta á ser utilizada.

Quanto a localização geográfica nossos antepassados viveram sempre em Treviso, província do Veneto, região norte da Itália. Viviam no distrito de Bibano, município de Godega di Sant’Urbano, mas no final do século XVIII houve a migração de Andréa (1734 – 1820) para o distrito de Francenigo, município de Gaiarine.
Os livros paroquiais atestam que Andréa nasceu em Bibano em 1734, mas quando morreu, em 1820, residia em Francenigo:

“ 7 agosto 1820
Andréa di Ângelo Pollesel e Maria Rosada, di anni 88, cattolico, villico, nato in Biban e domiciliato in Francenigo, in casa sua .... munito di Santissimi Sacramenti di Confessione, comune, Oglio Santo, Benedizione Papale e Raccomandazione dell’anima, jer mori e in quest’oggi fu sepellito nel cimitero di quest’oggi fu sepellito nel cemitero di questa Parrochiale, a cui furono fatte lê solite esequie da me Francesco Chies, Arcipretee da miei Sacerdoti.”
(Dal libri dei Morti della Parrochia di San Tiziano in Francenigo di Gaiarine – TV)

As gerações seguintes: Giacomo (1674), Giuseppe (1793), Pietro (1831) e Fortunato (1870 – 1930) são todas naturais de Francenigo e, com exceção de Fortunato, todos também morreram e foram sepultados neste pequeno distrito.

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