FAMILIA EVANGELISTA - COMPANHEIROS NO VAPOR MANILA
FAMÍLIA EVANGELISTA
Glauber R. Sanfins
Maio/2008
Um dos ramos da família Evangelista de Itatiba teve como patriarca o Sr. Egídio Evangelista. Natural da província de Nápoles, Egídio nasceu aos 17 de maio de 1875. Conforme os relatos recolhidos em família, o desejo de vir para o Brasil decorreu em função de informações e influência de outros familiares que já moravam em nosso país.
Já casado com a Sra. Michelina Canna Evangelista, nascida aos 16 de outubro de 1877, o Sr. Egídio retira seu passaporte aos 25 de setembro de 1897. Passados alguns dias, o casal embarca no vapor "Manilla" e chegam em Santos nos últimos dias do mês de outubro.
Nessa viagem, e em condições muito precárias, nasce o primeiro filho do casal que se chamou Pedro. No dia 30 de outubro de 1897, são registrados na Hospedaria dos Imigrantes em São Paulo.
Egídio Evangelista, o patriarca da família em Itatiba.
Contratados para trabalharem em Itatiba, os "Evangelista" seguem para propriedade de Juca Salustiano. Foram tempos muito difíceis, como bem lembrava D. Michelina em conversa com familiares. Tratados com muita rudeza, os imigrantes padeciam numa sociedade recém-saída de um regime escravista. D. Michelina relatava o sofrimento de ter que amamentar seu bebê enquanto trabalhava nos cafezais.
Depois de deixar o trabalho nessa fazenda, a família foi residir no bairro da Ponte, ocasião em que nasceram os outros filhos do casal: Pedro, Jesumina, Carmela, Assunta, Luiza, Luiz, José, Antônio João e Aléssio. Mais tarde, mudaram-se para as proximidades do atual Hospital Sírio Libanês.
Finalmente, o casal adquiriu uma casa e alguns lotes no Alto da Santa Cruz.
O Sr. Egídio Evangelista (Avô) faleceu no dia 12 de maio de 1944, em sua homenagem nomeou-se uma rua no Jardim Leonor (próximo ao Hospital Sírio Libanês) e D. Michelina aos 10 de julho de 1964.
Da esquerda para direita em pé: Luiza Picollo Evangelista, Albertina Catalano (mãe de Egidio Evangelista Neto, esposa de Pedro Evangelista), Osvaldo Caetano( marido de Nair) e Nair Evangelista (filha de Albertina).
Agachados: Elenice Evangelista (filha de Luiza), Silvia Evangelista (filha de Albertina) e Evanil Caetano (filha de Osvaldo), 1.970
Hoje, são inúmeros os descendentes do casal pioneiro Egídio e Michelina que atuam de forma marcante na sociedade itatibense.
Texto elaborado com a colaboração de Juliana Panzarin Evangelista.
Da esquerda para direita: Tute, Fernando, Igor, Luiza, Glauber, Egidio Evangelista (Neto), e Santa Piccolo, Dez./1980
ORIGEM DO SOBRENOME EVANGELISTA
Difundido especialmente no norte da Itália, este sobrenome surgiu como forma de lembrar e homenagear os Evangelistas (que escreveram os "Evangelhos") João. Lucas, Marcos e Mateus. A palavra tem origem grega significa o que leva as boas novas.
Apesar de fazer uma referência aos quatro Santos, o sobrenome surgiu mais como uma homenagem a São João Evangelista, que se distingue de outro São João, o "Batista".
O termo evangelista vem da palavra evangelho. O evangelista proclama as boas novas da redenção para os perdidos. Além de seu uso em Efésios 4, o termo é também aplicado a Filipe (Atos 21.8) e a Timóteo, como uma exortação: "...faze o trabalho de um evangelista..." (2 Timóteo 4.5).
Dos dois exemplos bíblicos citados acima, podemos concluir que a diferença entre evangelista e apóstolo é que, o trabalho do primeiro, é simplificar o Evangelho e persuadir os homens à fé (os quais já tinham o conhecimento do Evangelho - Ver Atos 8.40). Observemos que Filipe ministra em Cesaréia e Samaria, onde o Evangelho já fora introduzido pelos apóstolos de Cristo. Por sua vez, Timóteo exerceu o ministério evangelístico em Éfeso, onde Paulo já havia implantado uma igreja.
Ao contrário disso, o apóstolo ia a novos campos onde o Evangelho ainda não fosse conhecido, semelhantemente aos missionários da atualidade. Observemos a descrição que o Apóstolo Paulo faz de seu ministério, em Romanos 15.20: "E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio".
BRASÃO EVANGELISTA
A família teve origem no Reino de Castella da Terra de Campos em Portugal com Dom Manuel Henriques Evangelista. Fidalgo (perfeccionista/eficiente) honrado e senhor da Quinta (fazenda) do Evangelista, pessoa de confiança do Rei Dom Antônio, denominado “o efêmero” por sua atribulada e curta realeza. Evangelista fiel escudeiro participou da aclamação do seu Rei em Santarém (19-VIII – 1580) e da Batalha de Alcântara. Após o exílio de D. Antônio foi nomeado governador das ilhas dos Açores por Dom Felipe I para levar a elas a obediência ao Rei. Cumprida a missão retornou a Portugal e pelos relevantes serviços foi agraciado por Felipe I com o título de Cavaleiro do reino, com direito ao brasão de armas.
Fonte: - Imigrantes Italianos em Itatiba: Memória, Luís Soares de Camargo.
- "http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelista"
- Elizabeth Evangelista Sanfins
Nota do Autor:
Se voce tiver conhecimento ou imagens que possam acrescentar informações a estas aqui contidas, por favor me contate: glauber.sanfins@gmail.com ou glauber.sanfins@bol.com.br
Glauber R. Sanfins
Maio/2008
Um dos ramos da família Evangelista de Itatiba teve como patriarca o Sr. Egídio Evangelista. Natural da província de Nápoles, Egídio nasceu aos 17 de maio de 1875. Conforme os relatos recolhidos em família, o desejo de vir para o Brasil decorreu em função de informações e influência de outros familiares que já moravam em nosso país.
Já casado com a Sra. Michelina Canna Evangelista, nascida aos 16 de outubro de 1877, o Sr. Egídio retira seu passaporte aos 25 de setembro de 1897. Passados alguns dias, o casal embarca no vapor "Manilla" e chegam em Santos nos últimos dias do mês de outubro.
Nessa viagem, e em condições muito precárias, nasce o primeiro filho do casal que se chamou Pedro. No dia 30 de outubro de 1897, são registrados na Hospedaria dos Imigrantes em São Paulo.
Egídio Evangelista, o patriarca da família em Itatiba.
Contratados para trabalharem em Itatiba, os "Evangelista" seguem para propriedade de Juca Salustiano. Foram tempos muito difíceis, como bem lembrava D. Michelina em conversa com familiares. Tratados com muita rudeza, os imigrantes padeciam numa sociedade recém-saída de um regime escravista. D. Michelina relatava o sofrimento de ter que amamentar seu bebê enquanto trabalhava nos cafezais.
Depois de deixar o trabalho nessa fazenda, a família foi residir no bairro da Ponte, ocasião em que nasceram os outros filhos do casal: Pedro, Jesumina, Carmela, Assunta, Luiza, Luiz, José, Antônio João e Aléssio. Mais tarde, mudaram-se para as proximidades do atual Hospital Sírio Libanês.
Finalmente, o casal adquiriu uma casa e alguns lotes no Alto da Santa Cruz.
O Sr. Egídio Evangelista (Avô) faleceu no dia 12 de maio de 1944, em sua homenagem nomeou-se uma rua no Jardim Leonor (próximo ao Hospital Sírio Libanês) e D. Michelina aos 10 de julho de 1964.
Da esquerda para direita em pé: Luiza Picollo Evangelista, Albertina Catalano (mãe de Egidio Evangelista Neto, esposa de Pedro Evangelista), Osvaldo Caetano( marido de Nair) e Nair Evangelista (filha de Albertina).
Agachados: Elenice Evangelista (filha de Luiza), Silvia Evangelista (filha de Albertina) e Evanil Caetano (filha de Osvaldo), 1.970
Hoje, são inúmeros os descendentes do casal pioneiro Egídio e Michelina que atuam de forma marcante na sociedade itatibense.
Texto elaborado com a colaboração de Juliana Panzarin Evangelista.
Da esquerda para direita: Tute, Fernando, Igor, Luiza, Glauber, Egidio Evangelista (Neto), e Santa Piccolo, Dez./1980
ORIGEM DO SOBRENOME EVANGELISTA
Difundido especialmente no norte da Itália, este sobrenome surgiu como forma de lembrar e homenagear os Evangelistas (que escreveram os "Evangelhos") João. Lucas, Marcos e Mateus. A palavra tem origem grega significa o que leva as boas novas.
Apesar de fazer uma referência aos quatro Santos, o sobrenome surgiu mais como uma homenagem a São João Evangelista, que se distingue de outro São João, o "Batista".
O termo evangelista vem da palavra evangelho. O evangelista proclama as boas novas da redenção para os perdidos. Além de seu uso em Efésios 4, o termo é também aplicado a Filipe (Atos 21.8) e a Timóteo, como uma exortação: "...faze o trabalho de um evangelista..." (2 Timóteo 4.5).
Dos dois exemplos bíblicos citados acima, podemos concluir que a diferença entre evangelista e apóstolo é que, o trabalho do primeiro, é simplificar o Evangelho e persuadir os homens à fé (os quais já tinham o conhecimento do Evangelho - Ver Atos 8.40). Observemos que Filipe ministra em Cesaréia e Samaria, onde o Evangelho já fora introduzido pelos apóstolos de Cristo. Por sua vez, Timóteo exerceu o ministério evangelístico em Éfeso, onde Paulo já havia implantado uma igreja.
Ao contrário disso, o apóstolo ia a novos campos onde o Evangelho ainda não fosse conhecido, semelhantemente aos missionários da atualidade. Observemos a descrição que o Apóstolo Paulo faz de seu ministério, em Romanos 15.20: "E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio".
BRASÃO EVANGELISTA
A família teve origem no Reino de Castella da Terra de Campos em Portugal com Dom Manuel Henriques Evangelista. Fidalgo (perfeccionista/eficiente) honrado e senhor da Quinta (fazenda) do Evangelista, pessoa de confiança do Rei Dom Antônio, denominado “o efêmero” por sua atribulada e curta realeza. Evangelista fiel escudeiro participou da aclamação do seu Rei em Santarém (19-VIII – 1580) e da Batalha de Alcântara. Após o exílio de D. Antônio foi nomeado governador das ilhas dos Açores por Dom Felipe I para levar a elas a obediência ao Rei. Cumprida a missão retornou a Portugal e pelos relevantes serviços foi agraciado por Felipe I com o título de Cavaleiro do reino, com direito ao brasão de armas.
Fonte: - Imigrantes Italianos em Itatiba: Memória, Luís Soares de Camargo.
- "http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelista"
- Elizabeth Evangelista Sanfins
Nota do Autor:
Se voce tiver conhecimento ou imagens que possam acrescentar informações a estas aqui contidas, por favor me contate: glauber.sanfins@gmail.com ou glauber.sanfins@bol.com.br
Comentários
Abracos
Minha mãe residente em Itatiba -SP ainda viva hoje com 90 anos
Minha avó Albertina Catalano Evangelista filha de Egídio Evangelista e Michelina Canna Evangelista
Estou tentando tirar passaporte italiano e estou com dificuldades de conseguir algumas informações e documentos para conseguir a cidadania italiana
Li acima que temos um parentesco com o Paulo César Munes Evangelista dos bisavós maternos
Eu dou Karina Evangelista
Moro em Campinas mas meus parentes Evangelistas moram em Minas Gerais, algum parente meu por aí?😊
Sou descendente dos Evangelista de Almeida de Água Quente na Bahia, meu quinto avô João Evangelista de Almeida.