MADRE MARIA CELINA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
MADRE MARIA CELINA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
60 anos de vida religiosa
O dia 09 de janeiro de 2011 será um domingo de grande festa e alegria para toda a comunidade católica de Piracicaba e de modo muito especial para a pequena comunidade de cinco irmãs que vivem na clausura do Mosteiro da Imaculada Conceição, na Vila Rezende.
O motivo desta grande festa é que a Madre Celina, Abadessa do Mosteiro, completará 60 anos de vida religiosa e estará celebrando este momento com todos os amigos, benfeitores e fiéis.
Natural de São Paulo onde nasceu em 13 de fevereiro de 1926 e recebeu o nome de Maria da Conceição de Souza. De família católica, teve nove irmãos, sendo que uma de suas irmãs também optou pela vida religiosa, tornando-se irmã na congregação salesiana.
Madre Celina ingressou no Mosteiro da Luz em São Paulo em 1949, com apenas 23 anos. Em 1951 emitiu os votos religiosos. Com bom humor e alegria contagiantes, apoiada num andador ortopédico e auxiliada carinhosamente pela Irmã Beatriz, enfatiza que “nunca me arrependi da escolha que fiz e pretendo viver ao menos 120 anos!”.
Fez parte do grupo das cinco irmãs pioneiras que, atendendo ao apelo de Dom Ernesto de Paula, vieram do Mosteiro da Luz para fundar o Mosteiro de Piracicaba, em 15 de agosto de 1956. Além de Madre Celina vieram naquela ocasião: Madre Maria Helena do Espírito Santo, Madre Oliva de Jesus, Irmã Maria Cecília do menino Jesus, falecidas e Irmã Maria Antonia de Santana Galvão, ainda em plena atividade.
Já em Piracicaba foi Vigária e Mestra de Noviças. Lutou de forma incansável ao lado da Madre Maria Helena, para que o Mosteiro fosse construído em terreno próprio, o que ocorreu anos depois graças á generosidade do prefeito da época, Dr. Salgot Castillon, que cedeu o terreno na Av. Armando Cesare Dedini, 891. Com muitos sacrifícios e doações surge o majestoso Mosteiro da Imaculada Conceição, das Monjas Concepcionistas.
Madre Celina tornou-se a Madre Abadessa (superiora e responsável pelo mosteiro)em 09 de janeiro de 1979 após a morte da Madre Maria Helena do Espírito Santo, cargo que ocupa até hoje, no alto de seus 84 anos.
A vida em clausura nunca foi desculpa para ficar alheia ás necessidades do povo mais sofrido e necessitado. Em parceria com os Missionários Xaverianos, que atendiam o Mosteiro como capelães, e com a colaboração de inúmeros benfeitores, proporcionou muitos benefícios e melhorias aos moradores do bairro Novo Horizonte, na periferia da cidade, distribuindo milhares de cestas de natal, construindo a escolinha “Menino Jesus” e o “Centro Comunitário Santa Beatriz”, onde a comunidade se reúne e recebe tratamento dentário.
Madre Celina e sua pequena comunidade de irmãs dedicam suas vidas á oração, a vida em comunidade e á confecção de trabalhos domésticos e manuais. A opção pela vida em clausura causa espanto e admiração e torna inevitável o questionamento: “PORQUE?”
Mas se você estiver passando em frente ao mosteiro, entre e passe alguns momentos na companhia das irmãs e da Madre Celina. Você será invadido por uma paz tão grande que voltará outras vezes para “beber na mesma fonte” que bebem estas queridas religiosas. Aproveite e leve para casa as famosas “pílulas” do Frei Galvão, primeiro santo brasileiro.
Caso ainda tenha dificuldade em entender a opção pela vida em clausura ouça Jesus que diz:
“Marta, Marta andas muito agitada e te preocupas com muitas coisas. Entretanto uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada.” (Lc 10, 41-42)
Claudinei Pollesel, do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba)
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