Pe. Aleixo Vera Armas - Missionário Xaveriano * 07 de fevereiro de 1960 + 27 de fevereiro de 2021
Pe. Aleixo Vera Armas - Missionário Xaveriano
* 07 de fevereiro de 1960 + 27 de fevereiro de 2021
Padre Aleixo Vera Armas foi
o ultimo pároco da Congregação dos Missionários Xaverianos a coordenar a
Paróquia São Francisco Xavier, do Jardim Itapuã, em Piracicaba/SP. Após sua
passagem por esta paróquia, de março de 2005 a janeiro de 2007, a administração
da mesma foi passada para a responsabilidade da Diocese de Piracicaba. A presença
xaveriana nesta paróquia periférica de Piracicaba tem inicio com Padre Vicente
Tonetto, que foi seu fundador e primeiro pároco.
Sua passagem de quase dois anos por esta paróquia de Piracicaba é
lembrada por muitos, pois Padre Aleixo era muito cativante, brincalhão e
alegre. Tinha sempre piadas e brincadeiras para as crianças e adultos. Sem nunca
relaxar ou não dar o devido valor á liturgia. Suas celebrações eram sempre
muito bem preparadas e ornamentadas com o máximo zelo, numa demonstração de
amor á Deus
Homenagear Padre Aleixo colocando seu nome em uma Rua de Piracicaba é
um gesto de reconhecimento e carinho para com um líder religioso que amou
Piracicaba no curto período em que aqui esteve. É um gesto de carinho para com
as futuras gerações que terão oportunidade de conhecer a biografia de um homem
alegre e feliz em servir á Deus na pessoa do irmão. É um gesto humano e
coerente pois perpetua o nome de um estrangeiro que adotou nosso país como sua
segunda pátria. Perpetuar o nome de Padre Aleixo nos ajudará a dar rosto e nome
ás vítimas do Covid que tanto estrago e mal causou ao Brasil e ao mundo.
Quem foi Padre Aleixo Vera
Armas?
Nascido no México em 07 de fevereiro de 1960, filho de Leonardo Vera
Rodrigues e Maria Dolores Armas Ramos. Em Guadalajara fez os estudos básicos e
formou- se contador. Trabalhou num banco e em um supermercado. Aos 24 anos
sente o chamado de Deus, deixa tudo e ingressa no seminário diocesano de
Guadalajara. No primeiro ano do curso de filosofia conhece os Missionários
Xaverianos através de seus colegas de curso e decide ingressar nesta
congregação missionária. Após finalizar o curso de filosofia é enviado ao
Brasil, chegando em 22 de outubro de 1993 para cursar teologia em São Paulo,
capital. Aí permanece por quatro anos. Em 1997 é ordenado diácono por Dom Décio
Pereira, bispo da Diocese de Santo André. No período de diaconato é enviado em
missão para a Diocese de Abaetetuba, no Pará, na cidade de Acará, onde permanece
durante todo o ano de 1998.
Em 16 de janeiro de 1999 é ordenado padre no México e na semana
seguinte celebra a primeira missa na sua cidade natal, Guadalajara. Retorna ao
Brasil onde desenvolve seu trabalho pastoral missionário nas cidades de
Londrina/PR, Guaianases, em São Paulo, Piracicaba/SP, Piraju/SP e finalmente em
Laranjeiras do Sul/PR.
Chega em Laranjeiras do Su, no Paraná,l em junho de 2013 como vigário
paroquial da Paróquia de Sant’Ana. Seria ali sua última missão. Em janeiro de
2021 visitou amigos em Londrina e no retorno á Laranjeiras do Sul, sentiu-se
mal. Protelou sua visita ao médico e continuou com suas atividades pastorais. Ao
ser finalmente internado os médicos lamentaram o atendimento tardio, pois o
vírus já tinha destruído parte dos pulmões. Ficou internado no Hospital São
José de Laranjeiras do Sul por 21 dias. Neste mesmo hospital Padre Aleixo era
continuamente visto rezando na porta, do lado de fora, devido ás restrições
sanitárias. Durante sua internação seus paroquianos repetiam este gesto, rezando
na porta pela sua recuperação. Faleceu no sábado, 27 de fevereiro de 2021, ás
18.40 horas. Não houve velório, nem missa devido ás restrições sanitárias do
estado e do município. No domingo formou-se uma grande carreata que acompanhou seu
cortejo até o Campo Mendes, onde foi sepultado. A cerimônia de sepultamento foi
simples e acompanhado somente por algumas pessoas, incluindo seus confrades
xaverianos. A missa de sétimo dia foi
celebrada pelo bispo de Guarapuava, dom Amilton Manoel da Silva, no átrio da
paroquia de Sant’Ana, no sistema Drive in, com os fiéis dentro de seus carros. Foi
transmitida pela rádio local e pelas redes sociais, causando grande comoção.
Por onde passou, Padre Aleixo deixou um legado de amizade, simpatia e
alegria. Muito zeloso e cuidadoso com a Liturgia, estando sempre impecável para
as celebrações. Dócil com as crianças era chamado de “padre bigode” e “padre
dos pirulitos”.
Homenagear Padre Aleixo colocando seu nome em uma Rua de Piracicaba é
um gesto de reconhecimento e carinho para com um líder religioso que amou
Piracicaba no curto período em que aqui esteve. É um gesto de carinho para com
as futuras gerações que terão oportunidade de conhecer a biografia de um homem
alegre e feliz em servir á Deus na pessoa do irmão. É um gesto humano e
coerente pois perpetua o nome de um estrangeiro que adotou nosso país como sua
segunda pátria. Perpetuar o nome de Padre Aleixo nos ajudará a dar rosto e nome
ás vítimas do Covid que tanto estrago e mal causou ao Brasil e ao mundo.
(Claudinei Pollesel, do
Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba).
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