JUBILEU DE FREI SIGRIST - 20 ANOS DE FALECIMENTO
Memorial de frei Sigrist
Celebrações do Ano Jubilar de falecimento de Frei Francisco Erasmo
Sigrist -20 anos
1998 – 2018
ABERTURA DO ANO JUBILAR (1998 – 2018)
A abertura do ano jubilar de
falecimento de Frei Sigrist aconteceu durante missa festiva e solene celebrada
pelos freis Mauricio dos Anjos e José
Orlando Longarez, frades capuchinhos, em 06 de novembro de 2017,
segunda-feira, na Capela São Francisco de Assis e Santa Clara, no Jardim
Glória, em Piracicaba/SP. Toda a liturgia foi preparada pelas Irmãs Franciscanas
do Coração de Maria, incluindo os cânticos.
Estiveram presentes mais de 150
pessoas, entre moradores, amigos e admiradores de Frei Sigrist. A pequena
multidão reuniu-se em frente ao “BARRACO”,
antiga residência franciscana que abrigou a Fraternidade Nossa Senhora da
Glória por mais de 15 anos e que permanece no local, após ser restaurada pela
Prefeitura de Piracicaba. A santa missa foi iniciada neste local de memória e
após o ato penitencial formou-se uma bonita procissão até a Capela, tendo á
frente à foto de frei Sigrist, suas sandálias e um banner com a foto de Madre
Cecília do Coração de Maria. Estes símbolos adentraram a Capela e foram
depositados ao pé do altar.
Toda a celebração foi marcada
pela emoção dos presentes e, de modo especial, do Frei Longarez, que morou
nesta comunidade do Jardim Glória por seis anos e participou ativamente do
processo de transformação iniciado e incentivado pelo Frei Sigrist. A presença do pai de Frei Antônio Carlos Mendes (Frei
Tonhão), falecido em acidente automobilístico em 14 de setembro de 2001,
tornou a celebração ainda mais marcante e cheia de significados.
Dentre os momentos emocionantes e
fortes da celebração é possível sublinhar três principais:
1. A
homenagem á Dona Joaninha, de 84
anos, amiga dos franciscanos que residiram naquela comunidade e de modo
especial de Frei Sigrist; verdadeira guardiã de belas lembranças daquele
período; considerada uma mãe por todos os religiosos que por ali passaram.
2. A
partilha dos pães produzidos por Paulo
Bonassi, leigo missionário de Mamãe Cecília, á partir de receita manuscrita
encontrada no “Barraco”, durante a
faxina na semana anterior; Frei Longarez
ao aspirar fundo o aroma do pão disse: “este cheiro me faz lembrar de meu irmão
Francisco do Glória, o Frei Sigrist...”;
3. As
explicações detalhadas e emocionadas do grandioso mosaico de 40 metros de
largura que preenchem todo o presbitério da capela, de autoria da artista
americana radicada no Brasil, Virginia
Welch. Frei
Longarez, revelou detalhes poéticos da obra, como as figurinhas do cão e da
gatinha de estimação de frei Sigrist,
ou mesmo o burrinho ao lado de São Francisco de Assis, que Frei Longarez diz ser sua pessoa, arrancando risos;
Após a comunhão a pequena
multidão retornou em procissão para o ‘barraco’
e lá receberam a benção final. Em seguida todos foram convidados para uma
visita monitorada ao local, onde Frei Longarez pode mostrar detalhes e
particularidades daquele espaço sagrado, como o quarto com a cama de Frei
Sigrist, suas sandálias e óculos; a cama do saudoso Frei Tonhão e de outros
estudantes que ali residiram.
A visita monitorada terminou na cozinha, onde Frei Longarez reviveu com palavras
cheias de emoção aquela fatídica manhã de domingo, 18 de outubro de 1998, quando
por volta de sete horas, Frei Sigrist
foi vitimado por um enfarto. Contou que os vizinhos foram chamados naquela
manhã por que ele não atendia a porta e estava passando a hora combinada para a
missa numa capela rural. Estranhando a demora deram a volta no barraco e
olhando pela janela dos fundos viram a cena mais franciscana: o cão e a gata ao
lado do corpo sem vida do Frei Sigrist,
deitados, velando o amigo, morto encostado na velha geladeira. No fogão a água
para o café fervia...
A INICIATIVA DAS CELEBRAÇÕES DO ANO JUBILAR
A iniciativa de celebrar este ano
jubilar partiu de dois grupos de leigos ligados á espiritualidade franciscana
de Madre Cecília do Coração de Maria; “leigos
missionários de Mamãe Cecília” e “Grupo
de mães que oram pelos filhos, Mamãe Cecília” com o apoio e participação
ativa dos Irmãos da Ordem Franciscana
Secular, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Igreja dos Frades.
O primeiro ato do grupo, uma
semana antes da missa de abertura, foi a faxina feita no “barraco”. Apesar de ser um patrimônio histórico do município, em
processo de Tombamento pelo CODEPAC
(Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba) estava em
completo abandono, sem água, com a energia elétrica funcionando parcialmente e
rodeado por entulhos. Seu interior, incluindo seu pequeno acervo, tomado por
poeira e traças, recebeu um cuidado todo especial. Foi esta faxina que tornou
possível a visita monitorada no dia da missa.
ACERVO DO “BARRACO DO FREI SIGRIST”
No “barraco” existe um pequeno acervo de objetos, vestuário,
utensílios, móveis, obras de arte, artesanatos e manuscritos, tudo original da
época em que ali existia a Fraternidade de Nossa Senhora da Glória, dos frades
capuchinhos.
Correspondências, anotações em
agendas e manuscritos de frei Sigrist,
Frei Longarez, Frei Tonhão e Frei Portuga, antigos moradores, que ficaram
esquecidos desde aquela época, foram recolhidos pelo historiador Claudinei Pollesel, membro do Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba e estão sendo catalogados, digitalizados e
posteriormente serão divulgados dentro das comemorações do jubileu. Haverá um
cuidado especial antes de qualquer divulgação, pois são escritos pessoais.
Das obras de arte, duas chamam
muito a atenção: quadro á óleo com o retrato de Frei Sigrist e o de Nossa
Senhora da Glória, padroeira da comunidade e da antiga fraternidade. São
belíssimas, mas estão comprometidas pela poeira e pelo cupim em suas molduras.
O quadro de Frei Sigrist foi reconhecido, após ser publicado nas redes sociais,
pela mãe do pintor da obra, que prontamente entrou em contato se propondo á
restaura-lo. O quadro já esta com esta senhora e assim que for devolvido será
reintroduzido no acervo.
As sandálias, óculos e boné
trazem as mais belas lembranças para aqueles que conheceram e conviveram com
Frei Sigrist. Trazem para os dias atuais um pouco dos hábitos e do dia a dia do
frei e dos religiosos que decidiram transformar a realidade dura e pobre
daquela favela da periferia de Piracicaba.
Dentre os móveis chama muito a
atenção as camas de ferro, sem colchão. Sobre esta particularidade tanto frei Longarez como o “Frei Tito”, Francisco de Assis Pereira de
Campos, lembram-se da opção de Frei
Sigrist e dos irmãos da comunidade, em abrir mão do conforto do colchão,
assemelhando aos mais pobres do bairro que também não possuíam este conforto.
Além das camas, existem cadeiras, mesas, escrivaninhas, estantes para livros
feitos com madeira de descarte, além da velha geladeira e do surrado fogão, que
foram as testemunhas da cena final de Frei
Sigrist, no dia de sua morte.
PROGRAMAÇÃO DO ANO JUBILAR – próximos passos
1. No
dia 14 de novembro de 2017 uma equipe de leigos franciscanos entregará ao vereador Dirceu Alves, da Câmara de
Piracicaba, uma relação das necessidades do “barraco” para que seja encaminhada á Prefeitura de Piracicaba.
Será elencada a necessidade de religar a água, a luz, a retirada do entulho do
entorno, o ajardinamento e a presença de um zelador, alguns dias por semana, mantendo
assim a limpeza do local;
2. Todos
os meses, na primeira quarta-feira, ás 19 horas será rezado o santo terço no
“barraco” com a presença da comunidade e dos leigos franciscanos, sempre com algum
convidado que falará sobre a atuação do Frei
Sigrist e dos religiosos no grandioso processo de transformação daquela
realidade;
3. Manutenção
da página “Memorial de Frei Sigrist”
no facebook, com fotos, textos e manifestações de amigos e admiradores do Frei
Sigrist;
4. Acrescentar
no acervo do “barraco” álbum com fotos
e documentos de todas as ações desenvolvidas neste ano jubilar;
5. Promover
bate-papos com antigos religiosos e outros que possam trazer informações sobre
a construção da identidade da comunidade do Jardim Glória;
6. Redigir
um guia com explicações sobre os desenhos do mosaico da Capela, de autoria da
artista americana, radicada em Piracicaba, Virginia
Welch.
7. Chamar
a atenção da imprensa e dos poderes políticos da cidade para as necessidades do
Jardim Glória, exigindo soluções;
8. Missa
solene de encerramento do Ano Jubilar em 18 de outubro de 2018, quinta-feira,
ás 19.30 horas na Capela São Francisco de Assis e Santa Clara, no Jardim
Glória, presidida por Frei José Orlando
Longarez e sacerdotes convidados;
QUEM FOI FREI FRANCISCO ERASMO SIGRIST
Frei Francisco Erasmo Sigrist nasceu em Helvétia, Indaiatuba-SP, em
30 de maio de 1932. Exerceu 15 anos de ministério sacerdotal em Piracicaba.
Depois de ordenado, em janeiro de 1984, foi para o convento e paróquia Sagrado
Coração de Jesus, como vice mestre de noviços e vigário paroquial.
Em janeiro de 1985 iniciou seu
trabalho junto à Fraternidade Nossa Senhora da Glória, uma favela de
Piracicaba, onde viveu em busca pela realização social e vida religiosa, até
sua morte em 18 de outubro de 1998.
Na época em que Frei Sigrist
iniciou sua peregrinação, a comunidade contava com 30 famílias, que atuavam na
construção de suas casas por meio de mutirão, com verba que ele conseguiu junto
a entidades suíças. Após sua morte, Frei Sigrist foi homenageado pela
comunidade, com o seu nome na principal rua do bairro e recebeu outras
homenagens que eternizam seu nome: O Pronto Socorro da Vila Cristina, em
Piracicaba/SP, tem seu nome; além de ruas e praças.
(Claudinei Pollesel, do Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba).
Frei Francisco Erasmo Sigrist nasceu em Helvétia, Indaiatuba-SP, em 30 de maio de 1932. Exerceu 15 anos de ministério sacerdotal em Piracicaba.
Correspondências, anotações em
agendas e manuscritos de frei Sigrist,
Frei Longarez, Frei Tonhão e Frei Portuga, antigos moradores, que ficaram
esquecidos desde aquela época, foram recolhidos pelo historiador Claudinei Pollesel, membro do Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba e estão sendo catalogados, digitalizados e
posteriormente serão divulgados dentro das comemorações do jubileu. Haverá um
cuidado especial antes de qualquer divulgação, pois são escritos pessoais.
Das obras de arte, duas chamam muito a atenção: quadro á óleo com o retrato de Frei Sigrist e o de Nossa Senhora da Glória, padroeira da comunidade e da antiga fraternidade. São belíssimas, mas estão comprometidas pela poeira e pelo cupim em suas molduras.
1. A
partilha dos pães produzidos por Paulo
Bonassi, leigo missionário de Mamãe Cecília, á partir de receita manuscrita
encontrada no “Barraco”, durante a
faxina na semana anterior; Frei Longarez
ao aspirar fundo o aroma do pão disse: “este cheiro me faz lembrar de meu irmão
Francisco do Glória, o Frei Sigrist...”;
A homenagem á Dona Joaninha, de 84 anos, amiga dos franciscanos que residiram naquela comunidade e de modo especial de Frei Sigrist; verdadeira guardiã de belas lembranças daquele período; considerada uma mãe por todos os religiosos que por ali passaram..
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1. As
explicações detalhadas e emocionadas do grandioso mosaico de 40 metros de
largura que preenchem todo o presbitério da capela, de autoria da artista
americana radicada no Brasil, Virginia
Welch. Frei
Longarez, revelou detalhes poéticos da obra, como as figurinhas do cão e da
gatinha de estimação de frei Sigrist,
ou mesmo o burrinho ao lado de São Francisco de Assis, que Frei Longarez diz ser sua pessoa, arrancando risos;
A abertura do ano jubilar de
falecimento de Frei Sigrist aconteceu durante missa festiva e solene celebrada
pelos freis Mauricio dos Anjos e José
Orlando Longarez, frades capuchinhos, em 06 de novembro de 2017,
segunda-feira, na Capela São Francisco de Assis e Santa Clara, no Jardim
Glória, em Piracicaba/SP. Toda a liturgia foi preparada pelas Irmãs Franciscanas
do Coração de Maria, incluindo os cânticos.
A abertura do ano jubilar de
falecimento de Frei Sigrist aconteceu durante missa festiva e solene celebrada
pelos freis Mauricio dos Anjos e José
Orlando Longarez, frades capuchinhos, em 06 de novembro de 2017,
segunda-feira, na Capela São Francisco de Assis e Santa Clara, no Jardim
Glória, em Piracicaba/SP. Toda a liturgia foi preparada pelas Irmãs Franciscanas
do Coração de Maria, incluindo os cânticos.
A abertura do ano jubilar de
falecimento de Frei Sigrist aconteceu durante missa festiva e solene celebrada
pelos freis Mauricio dos Anjos e José
Orlando Longarez, frades capuchinhos, em 06 de novembro de 2017,
segunda-feira, na Capela São Francisco de Assis e Santa Clara, no Jardim
Glória, em Piracicaba/SP. Toda a liturgia foi preparada pelas Irmãs Franciscanas
do Coração de Maria, incluindo os cânticos.
A
santa missa foi iniciada neste local de memória e após o ato penitencial
formou-se uma bonita procissão até a Capela, tendo á frente à foto de frei
Sigrist, suas sandálias e um banner com a foto de Madre Cecília do Coração de
Maria. Estes símbolos adentraram a Capela e foram depositados ao pé do altar.
Correspondências, anotações em
agendas e manuscritos de frei Sigrist,
Frei Longarez, Frei Tonhão e Frei Portuga, antigos moradores, que ficaram
esquecidos desde aquela época, foram recolhidos pelo historiador Claudinei Pollesel, membro do Instituto
Histórico e Geográfico de Piracicaba e estão sendo catalogados, digitalizados e
posteriormente serão divulgados dentro das comemorações do jubileu. Haverá um
cuidado especial antes de qualquer divulgação, pois são escritos pessoais.
A
santa missa foi iniciada neste local de memória e após o ato penitencial
formou-se uma bonita procissão até a Capela, tendo á frente à foto de frei
Sigrist, suas sandálias e um banner com a foto de Madre Cecília do Coração de
Maria. Estes símbolos adentraram a Capela e foram depositados ao pé do altar.
Estiveram presentes mais de 150
pessoas, entre moradores, amigos e admiradores de Frei Sigrist. A pequena
multidão reuniu-se em frente ao “BARRACO”,
antiga residência franciscana que abrigou a Fraternidade Nossa Senhora da
Glória por mais de 15 anos e que permanece no local, após ser restaurada pela
Prefeitura de Piracicaba. A santa missa foi iniciada neste local de memória e
após o ato penitencial formou-se uma bonita procissão até a Capela, tendo á
frente à foto de frei Sigrist, suas sandálias e um banner com a foto de Madre
Cecília do Coração de Maria. Estes símbolos adentraram a Capela e foram
depositados ao pé do altar.
Estiveram presentes mais de 150
pessoas, entre moradores, amigos e admiradores de Frei Sigrist. A pequena
multidão reuniu-se em frente ao “BARRACO”,
antiga residência franciscana que abrigou a Fraternidade Nossa Senhora da
Glória por mais de 15 anos e que permanece no local, após ser restaurada pela
Prefeitura de Piracicaba. A santa missa foi iniciada neste local de memória e
após o ato penitencial formou-se uma bonita procissão até a Capela, tendo á
frente à foto de frei Sigrist, suas sandálias e um banner com a foto de Madre
Cecília do Coração de Maria. Estes símbolos adentraram a Capela e foram
depositados ao pé do altar.
1. A
partilha dos pães produzidos por Paulo
Bonassi, leigo missionário de Mamãe Cecília, á partir de receita manuscrita
encontrada no “Barraco”, durante a
faxina na semana anterior; Frei Longarez
ao aspirar fundo o aroma do pão disse: “este cheiro me faz lembrar de meu irmão
Francisco do Glória, o Frei Sigrist...”;
Após a comunhão a pequena
multidão retornou em procissão para o ‘barraco’
e lá receberam a benção final. Em seguida todos foram convidados para uma
visita monitorada ao local, onde Frei Longarez pode mostrar detalhes e
particularidades daquele espaço sagrado, como o quarto com a cama de Frei
Sigrist, suas sandálias e óculos; a cama do saudoso Frei Tonhão e de outros
estudantes que ali residiram.
Toda a celebração foi marcada
pela emoção dos presentes e, de modo especial, do Frei Longarez, que morou
nesta comunidade do Jardim Glória por seis anos e participou ativamente do
processo de transformação iniciado e incentivado pelo Frei Sigrist. A presença do pai de Frei Antônio Carlos Mendes (Frei
Tonhão), falecido em acidente automobilístico em 14 de setembro de 2001,
tornou a celebração ainda mais marcante e cheia de significados.
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