O BARRACO DO FREI SIGRIST

Missão no Barraco do Frei Sigrist -

Na tarde de hoje, todos os santos de 2017, reunimos um grupo de amigos missionários para uma pequena missão no Jardim Glória, na casa/barraco do Frei Sigrist. Levamos vassouras, rodos, sabão e fizemos uma boa faxina na casa, com água emprestada da vizinhança; tiramos todo o pó acumulado, limpamos e organizamos os livros, ajeitamos os quadros e fotos, organizamos as imagens sacras; conversamos e rimos muito com Dona Joana, antiga moradora, "síndica" do barraco, fiel guardião das chaves e da história daquele lugar histórico e sagrado! Teve espaço para o cafezinho e para um momento de oração e reflexão sobre o belo trabalho deste franciscano que optou por ser outro Francisco de Assis, no Jardim Glória, periferia de Piracicaba/SP. Assim que estiver tudo limpo e organizado daremos o passo seguinte: levar VIDA ao barraco, com a reza do terço, palestras, orações, sarais literários culturais... Foi inspirado por Deus esta mini missão, assim creio que será bonita e fará bem á nós todos!...


quem foi FREI ERASMO SIGRIST -
Frei Francisco Erasmo Sigrist nasceu em Helvétia, Indaiatuba-SP, em 30 de maio de 1932. Exerceu 15 anos de ministério sacerdotal em Piracicaba. Depois de ordenado, em janeiro de 1984, foi para o convento e paróquia Sagrado Coração de Jesus, como vice-mestre de noviços e vigário paroquial.

Em janeiro de 1985 iniciou seu trabalho junto à Fraternidade Nossa Senhora da Glória, uma favela de Piracicaba, onde viveu em busca pela realização social e vida religiosa, até sua morte em 18 de outubro de 1998. Morreu no interior do barraco vitimado por um infarto.
Na época em que Frei Sigrist iniciou sua vivencia no barraco, esta comunidade contava com 30 famílias, que atuavam na construção de suas casas por meio de mutirão, com verba que ele conseguiu junto a entidades suíças. Após sua morte, Frei Sigrist foi homenageado pela comunidade, com o seu nome na principal rua do

 com o amigo Valdir Mutti, admirador e amigo pessoal de Frei Sigrist, que nos levou seu apoio moral e a promessa de estar conosco nos projetos do barraco.



" O sentimento das pessoas das favelas é de quem está á margem da sociedade. Sem auto-estima. Ás vezes o único espaço que encontram é na marginalidade. Eu participei de mutirão rebocando casa. A nossa presença ali era de extrema importância para eles. Aprendi a fazer muitas coisas com eles. Montamos uma fábrica de blocos lá dentro. Compramos um caminhão Mercedes-Bens e eu dirigindo o caminhão ia buscar areia na Codistil. Ganhamos do Colégio Dom Bosco a antiga estrutura, eu e Frei Sigrist em cima de andaimes, vigotas, com a criançada, mulherada, todos juntos derrubamos aquilo tudo. Isso os animava e mudava a vida deles. Foi um trabalho de muita integração, viver a vida deles" Frei Tito.






Shirley e Nelis



Claudinei e Paulo Bonassi



com  Dona Joana, antiga moradora e guardiã do barraco


 “E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”. Rm 10.15



Dalva, Sandra Moura e Nelis Bonassi

"Na manhã do dia 18 de outubro de 1998 às 7h00 fulminado por infarto agudo do miocárdio Frei Francisco Erasmo Sigrist morreu no seu barraco no Jardim Glória, onde era guardião da Fraternidade .Como diz o Evangelho para ele a morte chegou mesmo "como um ladrão" . Foi encontrado morto no chão sendo velado pelo cachorro e por uma gata de estimação num velório bem franciscano.

A notícia da morte de frei Sigrist abalou a comunidade do Jardim Glória e provocou uma dor muito profunda em todo povo cristão de Piracicaba, pois era muito conhecido estimado pelo seu testemunho de vida, pelo seu trabalho que transformou uma favela, pelas aulas no curso de teologia da diocese e no curso de vida religiosa da província. Frei Francisco Erasmo Sigrist exerceu seu ministério sacerdotal durante quase 15 anos, somente em Piracicaba". Paulistense, Vol. I, João Umberto Joao Umberto Nassif


 "Desistimos de ter colchão nas duas camas, tanto na minha como na do Frei Sigrist. Um dia chegando em casa, chovendo, o Sigrist me disse: “- Tito, você me desculpe, mas chegou uma mãe com o filho deitado no chão, no barro, eu disse a ela que só tinha o meu colchão e o seu para dar á ela. Ela aceitou. Não fique bravo, Tito, amanhã eu compro outro colchão”. Eu respondi: “-Vamos ficar sem colchão! Se comprar você vai doar de novo!”. Ficamos por vários anos sem colchão. O barraco está lá, do jeito que deixamos, aberto á visitação". Frei Tito



Nossa Senhora da Glória



 "Frei Sigrist tinha acabado de voltar da Alemanha onde tinha feito teologia. Ele era uma pessoa muito especial, de grande espiritualidade, grande senso de humor. Alguns estudantes tinham construído um barraco na favela e foram morar lá". Frei Tito


 " O sentimento das pessoas das favelas é de quem está á margem da sociedade. Sem auto-estima. Ás vezes o único espaço que encontram é na marginalidade. Eu participei de mutirão rebocando casa. A nossa presença ali era de extrema importância para eles. Aprendi a fazer muitas coisas com eles. Montamos uma fábrica de blocos lá dentro. Compramos um caminhão Mercedes-Bens e eu dirigindo o caminhão ia buscar areia na Codistil. Ganhamos do Colégio Dom Bosco a antiga estrutura, eu e Frei Sigrist em cima de andaimes, vigotas, com a criançada, mulherada, todos juntos derrubamos aquilo tudo. Isso os animava e mudava a vida deles. Foi um trabalho de muita integração, viver a vida deles" Frei Tito.
bairro.

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