PADRE LUIGI MÉDICI (1920 - 2010)

Dom Paulo Evaristo, cardeal Arns, durante homilia na celebração de 60 anos de ordenação sacedotal de Padre Luigi Médici, na capela do Mosteiro da Visitação, em São Paulo/SP. Á direita, Claudinei Pollesel.


DEPOIMENTO DE PADRE GIOVANNI MURAZZO, SUPERIOR REGIONAL DOS XAVERIAN
PADRE LUIGI MÉDICI (1920 - 2010)

Agradeço a Divina Providência que me deu a graça de viver com o Padre Médici em dois períodos: O primeiro, como o seu vice-provincial e o segundo como seu provincial.

Na primeira vez encontrei Padre Médici ativo, dinâmico, decidido, enérgico, determinado, entusiasta e grande organizador.
Ele tinha um temperamento primário, reagia com aquela espontaneidade e imediateza, que às vezes, era interpretado como agressividade.
Por estas suas características excepcionais, alguns colegas o chamavam como o "rolo compressor"

Uma outra caracteristica da personalidade do Padre Médici era o do bom humor.
Sua companhia era muito agradável. Contava piadas, aventuras de suas viagens missionárias dos primeiros anos de vida missionária no Brasil. Evidenciava as características cômicas de alguns confrades. Lembro-me, especialmente quando imitava Padre Giovanni Femminelli e Padre Flavio Cossu com quem tinha vivido juntos por vários anos na paróquia de Santa Mariana.
Contava e dava grossas gargalhadas. Realmente o seu bom humor era contagiante. Se definiia como "um missionário feliz" . Ele costumava dizer: "Esta vida é um vale de lágrimas ... mas eu estou lá tão bem neste vale de lágrimas!".
Era guloso por sorvete. Depois de e ter repetido duas ou três porções rezava : "Senhor Jesus,perdoa meus pecados da gula!"

No segundo período de conivivencia, aqui na casa regional, seu estilo de vida era muito diferente.
O peso dos anos e o condicionamento de várias doenças, principalmente, problemas do coração , fizeram do cidadão de Sassuolo um homem humilde, paciente, às vezes abatido.
Ele foi muito fiel ao seu cargo de arquivista. Dedicava-se de corpo e alma. Se envolvia com paixão e competência. Repetia sempre: "Eu espero que quando eu for embora ... este meu trabalho não se perda... Espero que alguém tome a frente desta importante iniciativa."
Quando passava na Casa Regional um hóspede importante ele convidava para visitar o arquivo.

Depois de mostrar as várias divisões dos vários gabinetes sentava no computador e exibia toda a organização do banco de dados. Nesses momentos sentia-se como criança feliz que tinha tomado uma boa nota na escola.

Nos últimos anos que passou em São Paulo falava muito de sua mãe. Sentia-se criança no conforto de sua mãe.Repetia: "Minha mãe era uma santa.
Ficou viúva muito jovem .... mas foi capaz de educar seus filhos com sua fé em Deus com o Seu espírito de sacrifício. Ia à missa todos os dias.
Quando havia neve, para não escorregar, levava um balde de cinzas. Jogava um punhado de cinzas na neve antes de colocar os pés."
Tenho certeza de que no paraiso fez uma grandefesta abraçando sua "santa Mamma".

(Padre Giovanni Murazzo, Superior Regional dos Missionários Xaverianos)

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