TESOUROS DO JARDIM GLORIA - PIRACICABA/SP - a Capela de São Franscisco e Clara de Assis


Frei Sigrist nunca celebrou a Santa Missa ou os Sacramentos na atual Capela do Jardim Glória, construída e sonhada por ele em todos os mínimos detalhes.
Naquele fatídico ano de 1998 as celebrações aconteciam no salão paroquial e centro comunitário, na parte de baixo da capela. Faltavam alguns acabamentos e a inauguração solene da capela estava marcada para o dia de Natal, a data mais amada por frei Sigrist, a exemplo de sua família e de seus conterrâneos suíços da colônia Helvetia, de Indaiatuba. Para esta inauguração frei Sigrist aguardava, feliz e ansioso a chegada de uma relíquia de São Nicolau de Flüe, presente da comunidade suíça de Sachseln, através de seu pároco, Padre Joseph Eberli. Esta relíquia seria incrustrada no altar, de frente para o povo e selaria a amizade e a generosidade desta comunidade suíça para com a comunidade carente do Jardim Glória.
Inesperadamente a tão aguardada inauguração da capela aconteceu no domingo, 16 de outubro. Frei Sigrist faleceu subitamente em seu barraco e seu velório e missa de corpo presente foram celebrados na sua querida e sonhada capela do Jardim Glória. Esta foi a sua inauguração, antecipada e sofrida, mas não menos solene e inesquecível.
Capela do Jardim Glória ladeada pelas palmeiras imperiais plantadas por frei Sigrist.

Obras para construção da capela, frei Sigrist e Dozinho.

Os lendários muros de pedra em torno da capela.

Obras da capela, frei Sigrist, de chapeu.

A capela ganha forma.

Celebração de Domingo de Ramos, presidida por frei Longarez, tendo Carlão representando Jesus e frei Sigrist ao lado.

Missa de Domingo de Ramos celebrada na parte de baixo da capela.

Vista da construção da capela, tendo o Salão Paroquial em primeiro plano.

Planta da capela.

 A capela em obras.



Na favela do Jardim Glória frei Sigrist celebrava na capela de madeira, ao lado do barraco, que já encontrou ali, quando de sua chegada. Construído pela comunidade a pedido do Padre Vicente. Extremamente simples e precário, como eram também as casas dos moradores. Muitas vezes as celebrações aconteciam nas casas dos moradores.
Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria.


Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria. Na foto, frei Nicola.





Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria. Na foto, frei Sigrist, frei Nicola e Zé.




Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria.




Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria.




Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria.



Adicionar legenda


Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria.


Celebrações no barracão de madeira ao lado do barraco, que serviu muitos anos como capela para a comuniade do Jardim Gloria.



Frei Sigrist, em seus quinze anos de sacerdócio, não foi pároco em nenhuma igreja, nem mesmo no Jardim Glória, pois ali não existia uma matriz paroquial, mas sim uma capela pertencente a Paróquia São Francisco Xavier, do Itapuã e seu pároco era o missionário xaveriano, Padre Vicente Tonetto. Assim, frei Sigrist, celebrava a missa em dezenas de capelas que pertenciam ás Paróquias de São Francisco Xavier, do Itapuã e São José, da Paulista. Eram, em sua maioria, capelas rurais ou em periferias afastadas, com exceção da Capela de São Francisco de Assis, do Jardim Monumento, pertencente ao Santuário de Nossa Senhora dos Prazeres, que tornou-se um local importante para a manutenção dos projetos sociais do frei Sigrist, graças a generosidade de seu povo.
Não tendo o cargo de pároco e as obrigações inerentes desta função, o povo podia encontrar frei Sigrist ministrando aulas de teologia para seminaristas e leigos, no Seminário Seráfico ou no Dispensário dos Pobres; celebrando e atendendo confissões na Igreja dos Frades; nas dezenas de capelas rurais e periféricas da diocese; na capela de São Francisco de Assis, do Jardim Monumento; em seu barraco, que nunca fechava as portas; em sua colônia de Helvetia, em Indaiatuba. Sempre em atividade, sempre buscando recursos para construir o sonho de uma comunidade melhor.
‘Meu  sonho é um jardim e o meu jardim é o Jardim Glória.”.


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