DA INFANCIA NO CHICÓ AO TERÇO NA ACLIMAÇÃO


Da infância no Chicó ao terço na Aclimação.
- pequeno histórico da minha amizade com os missionários Xaverianos –
claudinei,Pe. Luigi Médici e Federica Ferro.






Conheci os padres xaverianos em 1982. Eu tinha 14 anos quando minha família mudou-se para o bairro do Campestre em Piracicaba/SP. Tanto o campestre como o chicó são comunidades rurais e suas respectivas capelas (Nossa Senhora Aparecida e São José) pertencem á Paróquia Imaculado Coração de Maria, na Paulicéia, dirigida há muitos anos pelos missionários xaverianos.
Na paróquia anterior já freqüentava grupos de jovens e tinha uma vivência na igreja. Fui coroinha dos Frades Capuchinhos na Fazenda Taquaral e do Padre Joaquim de Paula Correa, no Piracicamirim.
Apesar de morar no campestre acabamos por freqüentar o chicó, meus pais, eu e meus irmãos solteiros, a Ana e o João.
Conhecemos nossos novos vigários: Pe. Zezinho (Giuseppe Chiarelli) e Pe. Zelão (Jose Ibanes Serna) e retomamos nossa vida de comunidade. Desde o inicio relatei ao Pe. Zezinho meu desejo de tornar-me padre e ele me convidou á freqüentar a Casa Paroquial da Rua Antonio Bacchi, 1065, onde funcionava o Seminário Xaveriano. A partir daí todos os meus finais de semana passei na rotina do seminário ou dentro do fusquinha dos padres, indo com eles nas visitas de todo o tipo.
Com a chegada do Pe. José Eugenio entrei neste seminário e ai permaneci durante todo o colegial. Estudava á noite e trabalhava como secretário paroquial durante o dia. Já em dúvida quanto a minha vocação sacerdotal pedi para ingressar no seminário da Diocese de Piracicaba em Santa Bárbara d'Oeste, quando então cursei o primeiro ano de filosofia na PUC de Campinas.
Sai do seminário e retornei ao Campestre. A admiração e a amizade pelos xaverianos nunca terminaram, pelo contrário, aumentaram cada vez mais.
Casei-me com a Dalva em 1992 re temos o Ezequiel e a Victória.
Mudamos para São Paulo, capital, e meu trabalho fica próximo da casa regiona dos missionários xaverianos, na Vila Mariana e mantenho contato freqüente com os padres que ai residem: Pe. Luiz Médici, Pe. Giovanni Murazzo, Pe. Jorge Villagomes Reyes e Pe. Diego Pelizzari.
Alguns dias por semana, eu e o Pe. Giovanni Murazzo, vamos ao Parque da Aclimação, de manha, onde caminhamos alguns quilômetros e rezamos o terço. Foi durante estes encontros matinais que lhe expus a idéia deste livro , e recebi sua aprovação com entusiasmo. Afinal meu argumento era forte: 60 ANOS DE VIDA SACERDOTAL NÃO PODERIA PASSAR EM BRANCO. Além do mais, não foi difícil convencê-lo, pois o Pe. Murazzo nutre carinho filial pelo Pe. Luiz Médici, pioneiro dos Xaverianos no Brasil e homenageá-lo nesta data festiva estava em seus planos como superior regional.
Mesmo ciente dos meus limites encarei com muito amor a tarefa de realizar este livro de homenagem, pois o Pe. Luiz Médici é um grande amigo e padre exemplar, por quem tenho imensa admiração e ilimitado respeito.
Partilhar de sua amizade é um privilégio e este livro pretende ser uma pequenina homenagem de gratidão a este padre italiano que se tornou entusiasta desta terra de Santa Cruz!
Obrigado Padre Luiz Médici! Só Deus poderá recompensá-lo por todos os benefícios físicos e espirituais que o senhor proporcionou nos locais por onde passou. Deus lhe pague e lhe conceda saúde e vida longa!
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Claudinei Pollesel é historiador. Membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba e titular da Academia Paulistana de História e do Conselho Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba.

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