capítulo 2 - RAZÕES PARA O TOMBAMENTO HISTÓRICO DO BARRACO DO FREI SIGRIST - viveu no barraco por 15 anos
RAZÕES PARA O TOMBAMENTO HISTÓRICO DO BARRACO DO FREI SIGRIST
Conheça a vida e a obra do frade capuchinho que sonhou e transformou
uma favela de Piracicaba/SP em uma sociedade digna e justa.
“...À Província de São Paulo desejo e peço que
estejam perto dos pobres, inspirando-se na bela figura de frade que foi Frei
Francisco Sigrist, o frade da vossa Província que conheci no longínquo mês de
junho do 1991”. (Frei Mauro Jöhri,
Ministro Geral dos Frades Menores capuchinhos, em 02 de setembro de 2018).
As portas do barraco nunca
estavam fechadas para os fiéis ou para os moradores da favela. Com este gesto
frei Sigrist abria mão dos seus maiores gostos pessoais: silêncio, privacidade
e as músicas clássicas, que gostava de ouvir e assoviar. Até mesmo os animais
tinham livre acesso, onde juntavam-se ao cãozinho Rex e a gata Pita, seus
animais de estimação. Não tinha privacidade nem mesmo durante as refeições
sendo normal abrir mão de sua comida oferecendo-a a algum pobre com fome. Sua
cama quase sempre estava sem o colchão que era doado por ele sem a menor
cerimônia, para a primeira mãe ou criança que necessitasse. Também os colchões
dos outros confrades que ali residiam eram doados com generosidade, obrigando a
comunidade a ajeitar-se em estrados de madeira forrados com panos e cobertores.
Desde o início a comunidade franciscana preocupou-se com os cuidados mínimos
para com a comunidade carente, providenciando curativos, remédios e formação
supletiva, envolvendo os estudantes, os frades e voluntários.
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