Mini crônicas - para não esquecer - 14

Mini crônicas – para não esquecer - 14 Jose Alberto Polezel nasceu em Campinas/SP no dia 25 de dezembro de 1933, na fazenda da Serra, terceiro filho de Jose e Anna Citron. Seus pais e irmãos mais velhos, Pedro e Nato o chamam de “nenê” e este apelido durou para sempre. A mãe o chamava de “nenê”. Em 03 de junho de 1934 é batizado na Paroquia Nossa Senhora do Carmo em Campinas/SP, pelo Padre Aniger Francisco Melillo, que depois tornou-se o segundo bispo de Piracicaba, tendo como padrinhos seus tios Toninho e Maria Aparecida (tia nenê). Com oito anos é matriculado na escola da Fazenda da Serra. Frequenta a escola por um ano, tempo suficiente para aprender a ler e escrever e fazer contas com muita facilidade. No ano seguinte sua mãe morre durante o parto de sua irmã caçula, Therezinha. A situação da família fica complicada e ele deixa de ir á escola. Suas irmãs são adotadas pelas tias. Os meninos permanecem com o pai. Quando estava com 14 anos, seu pai casa-se com Maria Eloisa Torbollo e muda-se para Piracicaba/SP. Vieram ele e seu irmão Pedro. Nato fica em Campinas. São contratados pelo tio Victorio para serem lenheiros no Bairro do Pinga. Vão morar numa mata, em uma casa feita de paus, sem nenhum conforto e longe de tudo e de todos. Lembrava que aos finais de semana caminhava quilômetros até uma venda para comprar um doce e um refrigerante. Único passeio e único divertimento naquele local distante de tudo e de todos. Os únicos vizinhos são evangélicos e fazem cultos em sua casa, que ele frequentava e lembrava com carinho. Três anos depois mudam para o Bairro do Rolador onde são oleiros na olaria de Antônio Casagrande. No ano seguinte seu pai, a madrasta e seu irmão decidem voltar para Campinas. Ele fica, pois já estava namorando minha mãe. Passa a morar e pagar pensão para os futuros sogros, que também eram oleiros no Rolador. Com 18 anos se apresenta no “Tiro de guerra” para o alistamento obrigatório. Apesar de muito saudável e atlético é dispensado por dois motivos curiosos. Tem dois dedos de cada pé grudados, o chamado “dedo felipe” e possui três mamilos! São duas anomalias simples que nos dias atuais seriam corrigidas com cirurgias, mas há quase 90 anos atrás não tinha solução rápida. Em 11 de abril de 1953 casa-se com Rosa, na Igreja do Bom Jesus do Monte. O casamento foi celebrado pelo Monsenhor Martinho Salgot. Tudo muito simples e pobre, mas dentro dos costumes da época. Ela de noiva, ele de terno. Infelizmente não houve fotos. Os padrinhoes deste casamento foram os vizinhos José Galesi e Abilio Roncatto Tomazella. Casamento civil de manhã, religioso à tarde, com direito á festinha depois. Ele tinha 19 anos e a mãe 16. Logo após o casamento decide voltar para Campinas, sua terra natal. Moram no porão da casa do tio Romano e tia Mariquinha e ele trabalha no Posto de combustível de seu tio e padrinho, Toninho. A Cila nasce em Campinas, na Santa Casa. Neste mesmo ano de 1954 a Cila é batizada pelo Monsenhor Salgot, no Bom Jesus e seus padrinhos são os avós maternos, Adelino e Sebastiana. Em 1956 retornam para Piracicaba. A vida em Campinas era difícil para a mãe, muito nova e com criança pequena. Ela sentia muita falta de sua família. Voltam para o Rolador para a olaria de Dona Adelina.

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